Agentes de Software na Internet
Alberto Silva
Centro Atlântico Lda., 1999

O autor define a Internet como (...) um espaço multifacetado, constituído por um número crescente de comunidades de utilizadores, em que cada comunidade apresenta as suas próprias regras, comportamentos e actividades (...). Estas comunidades aparecem como sendo (...) concebidas segundo o paradigma dos agentes de software (...), no contexto dos sistemas de informação e da Internet, em particular.

Mas o que são agentes de software ? Embora se identifiquem diferentes tipos de agentes e as definições não sejam consensuais, assume-se aqui que se trata de entidades de software, componentes de aplicações, que constituem um novo paradigma de interacção indirecta entre o homem e a máquina, por oposição à manipulação directa que caracteriza a relação mais generalizada do homem com o computador, em áreas como o processamento de texto ou o desenho gráfico. Este novo paradigma de manipulação indirecta, surge associado às novas áreas emergentes com o desenvolvimento da Internet, nomeadamente no domínio da pesquisa de informação, trabalho colaborativo em rede e comércio electrónico. Estes agentes surgem assim como 'facilitadores' da vida do utilizador que pode atribuir aos agentes (...) tarefas tipicamente rotineiras, complexas, demoradas, ou tarefas dificilmente realizáveis, em tempo útil, por seres humanos (...).

São também abordadas as características 'inteligentes' de alguns destes agentes e a sua capacidade para aprender, a partir de padrões de tarefas usuais desempenhadas pelo utilizador.

O livro caracteriza ainda diversos tipos de agentes, desde os de aplicação que monitorizam a actividade e comportamento do utilizador, de que são exemplos os wizards, comuns à generalidade de aplicações de edição de documentos multimédia, passando por algumas funcionalidades de filtragem e gestão de correio, associadas a programas de correio electrónico, até aos agentes para a Internet. Estes últimos, pretendem solucionar alguns problemas e limitações, decorrentes da gestão de grandes volumes de informação. Aqui, as tarefas que estes agentes providenciam vão, desde a pesquisa de informação (robots de pesquisa), à filtragem de informação a partir de um perfil de utilizador ou à notificação de eventos ou acções que ocorram. Os serviços de pesquisa de informação, de que constituem exemplo o Altavista (baseado em servidores de índices) ou o SAPO (baseado em catálogos), pela sua utilidade, constituem uma área muito importante de I&D. Um livro recomendado a professores de Informática e a utilizadores não iniciados envolvidos e/ou interessados nos problemas que se colocam à gestão das Intranets e da Internet e às perspectivas de desenvolvimento futuro das redes.

José Duarte

 

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