Porquê e para quê...
A Escola integrou desde 1988/89 o Projecto Minerva porque um estagiário de Matemática andava, sabe-se lá porquê, com uma mochila às costas (lá dentro estava
um Spectrum), e um televisor pela mão... Era "louco" com certeza... O apoio ao projecto foi pedido à então ESE de Setúbal que se encontrava nos Barreiros (instalações horrorosas e
pequeninas). Talvez por falta de "verbas", o Minerva acabou por ser reconhecido não em Setúbal, como seria natural, já que é cá que a escola existe, mas no Monte (da Caparica),
onde o estagiário se dedicava à teoria dos factos. Desde esse ano que a Escola aceitou o "louco" como parte integrante e foi-lhe proporcionando algumas formas de continuar a sua
"loucura". Um dos sonhos desse "louco" era conseguir criar uma sala com equipamento informático que permitisse a utilização multidisciplinar da informática como ferramenta
de trabalho em todas as suas vertentes. Paulatinamente, o sonho foi tomando forma.
O Projecto Educativo da D. João II privilegia a melhoria da qualidade de ensino e o desenvolvimento de competências/capacidades conducentes a uma crescente
autonomia na aprendizagem. O programa Nónio XXI surgiu como resposta a necessidades pedagógicas, científicas e formativas.
Propôs-se:
- dotar a escola de recursos educativos diversificados e adequados às necessidades do desenvolvimento curricular e de projectos de trabalho, actividades de apoio
pedagógico e extracurriculares;
- proceder ao tratamento e organização de recursos documentais, promover a sua divulgação e utilização pela comunidade escolar;
- desenvolver nos alunos hábitos de trabalho e competências de pesquisa, selecção e tratamento da informação;
- prestar apoio aos docentes no domínio da planificação das actividades lectivas, na diversificação de estratégias, no desenvolvimento de projectos e
produção de recursos educativos;
- contribuir para a actualização e formação contínua dos docentes.
Como era/como é...
Tudo começou numa sala grande; nunca foi a falta de espaço que nos condicionou. No início do Minerva era possível com cinco computadores levar uma turma a
trabalhar lá. Claro que não se conseguia o PC (Computador Pessoal) mas pelo menos fazíamos com que fosse possível o acesso às máquinas.
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Infelizmente as Máquinas têm um período de vida demasiado curto, porque lhes mudam o coração, e deste modo a rejeição é inevitável ou seja não há
upgrade que resista. O software assim o obriga. Existem na Escola neste momento uma série de exemplares de museu. |
Inicialmente instalado num espaço que era simultaneamente sala de reuniões e de formação, o projecto Nónio arrancou com quatro computadores em rede e uma
impressora. Embora com reduzido equipamento, a gestão da rede levantava mais problemas do que actualmente, em que gerimos 11 computadores, um scanner e duas impressoras, uma delas A3, um
gravador de CDs, uma máquina fotográfica digital, uma placa de captura de vídeo, uma videocâmara e um projector multimédia.
Mudámos de sala, para um espaço mais amplo, em que a disposição do equipamento propicia o trabalho de grupo sem prejudicar as actividades de desenvolvimento
de projectos individuais. A aquisição e utilização do projector multimédia vieram contribuir para um maior aproveitamento em sala de aula dos recursos.
Que articulação com outros espaços...
Desde que existe (como Sala do Nónio), a sala sempre esteve paredes meias com a Sala de Estudo o que nos permitiu criar algumas sinergias com alguns dos
professores que se aí encontravam. Por outro lado a sala do "nónio", a de estudo e a Mediateca estão integradas num projecto de escola mais alargado que é o Centro de Recursos da
Escola. Actualmente, a Sala Ciberteca (ex-Nónio), com a reformulação do Centro de Recursos, encontra-se situada junto à Mediateca e continua em parceria com a Sala de Estudo.
As actividades e constituição do espaço...
As actividades desenvolvidas foram todas as que uma sala com as características atrás referidas podem proporcionar.
Nomeadamente:
- Elaboração de trabalhos de alunos para diversas disciplinas recorrendo às ferramentas existentes, tais como (Word, Scanner, Excel, Power Point),
- Tempos Livres ocupados com a Oficina do Livro,
- Tempos Livres ocupados com a aprendizagem dos programas necessários para elaborar um "pequeno" Jornal,
- Sala de Aula (recurso a software diversificado), por cá passaram professores de todos os grupos disciplinares,
- Apresentação de trabalhos (alunos),
- Apresentação de trabalhos de professores estagiários,
- Elaboração de apresentações,
- Elaboração de trabalhos (professores),
- Encontros de Trabalho para exploração de software,
- Consultório de Informática (alunos e professores).
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Pode-se considerar um espaço aberto. Situações houveram em que turmas estavam em aula e simultaneamente outro(s) computadore(s) era(m) utilizado(s) por
professores ou alunos para desenvolverem os seus projectos de trabalho sem que isso constituísse problema de parte a parte. |
Quem coordena... Como funciona...
Esse espaço é orientado pela equipa de professores que está ligada ao projecto. Estabeleceu-se um horário de permanência, de acordo com as horas atribuídas
a cada membro (que não respeita por excesso). Apesar disso, a dinâmica de solicitações/utilização atinge por vezes picos/proporções que apontam para a necessidade de uma permanência mais
extensiva.
Que autonomia revelam os alunos?
É extremamente variável, visto que o grau de autonomia, tanto de alunos como de professores, depende, obviamente, da sua experiência de utilização dos
equipamentos, e da sua apetência para explorar novos programas/ferramentas. |
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Que memórias...
As nossas memórias têm a forma dos materiais produzidos, alguns em forma de CD Rom, outros em suporte escrito, muitos dos quais oferecidos à Mediateca da
Escola; os registos fotográficos dos eventos da vida da Escola que, de algum modo, passaram pela Sala do Nónio, assim como o registo de dados estatísticos em mapas de utilização.
Carlos Pimenta
Maria José Simas
Escola Secundária D. João II