O ENSINO DAS LÍNGUAS E A LINGUÍSTICA
27 e 28 de Setembro de 2004

 Programa do Encontro | Programa Cultural

Juntar num mesmo espaço professores de diferentes níveis de ensino, que ensinam diferentes línguas e convivem com outras que desconhecem, é um dos objectivos deste encontro. Parece que hoje as escolas se transformaram em novas Torres de Babel onde se falam várias línguas, além da língua da escola e onde, apesar de tudo, a compreensão faz o seu caminho.
Partimos de um dado incontestável: nos últimos anos as línguas e o seu ensino e aprendizagem têm sido objecto de estudo e interesse a vários níveis. Lembraremos apenas dois acontecimentos, que pela sua importância e alcance merecem uma atenção especial: o Ano Europeu das Línguas e a publicação do Quadro Europeu Comum de Referência.
É portanto neste âmbito que vos convidamos a participar neste encontro que a Escola Superior de Educação de Setúbal e a Associação Portuguesa de Linguística organizam e que terá lugar em 27 e 28 de Setembro de 2004, nas instalações da referida Escola Superior de Educação.

Escolhemos para este Encontro três grandes temas que em separado ou em espaços comuns irão ser objecto de estudo, análise e reflexão:

I- O ensino das línguas em contexto plurilingue.
II- O ensino das línguas para fins específicos
III- Os media e a aprendizagem das línguas.

O primeiro tema pretende criar um espaço de reflexão e debate sobre a situação relativamente recente, que se vive em muitas das nossas escolas onde várias línguas interagem e assumem diferentes estatutos e funções.
Quanto ao segundo tema, desde há muito tempo que as línguas para fins específicos são ensinadas a públicos bem identificados tendo objectivos de âmbito profissional, científico e técnico. No seu campo de intervenção incluem-se hoje os objectivos académicos – a língua serve também para ajudar/ensinar a estudar.
O terceiro tema, tendo embora uma dimensão transversal aos outros dois, tem também um espaço próprio. As tecnologias actuais criam sistemas de comunicação muito apelativos e poderosos que obrigam a outras competências literácitas, a que a escola tem de dar resposta. Preparar os estudantes para serem competentes nestes contextos e capazes de exercer, plenamente, a cidadania obriga a que se lhes ensine a compreender e a dominar outras linguagens.