Exposições

 

Chapéus de todo o mundo

 

Era uma vez... Perde-se na noite dos tempos a origem do chapéu... Do que não restam dúvidas é que ele surge para proteger a parte mais nobre do corpo humano. E protegendo a cabeça das intempéries, dos grandes calores e dos grandes frios, o chapéu vai apresentar características específicas às situações climatéricas e portanto às condições geográficas dos países cujos povos o usam. Ao longo dos séculos o chapéu torna-se também um símbolo social, cultural, religioso e político; a sua importância vai-se manifestando através da História da Humanidade. Vindos de várias partes do mundo, estes chapéus falam-nos de História e Cultura de povos distantes. Eles são testemunhos vivos que Daniel Serra Vaz, nas suas múltiplas viagens por todo o mundo, tem vindo a coleccionar.

 As histórias... Cada chapéu tem uma história e cada saída para o conseguir tem outra. Daniel Serra Vaz conta-nos que o chapéu mais antigo da colecção data de 1532 e que o trouxe dum ferro velho de Tanegashima. Este chapéu tinha pertencido a um guerreiro japonês. Contou-nos ainda que o chapéu que mais trabalho lhe deu a obter foi o gorro de lã Inca castanho, adquirido em 1996, ao chefe de uma aldeia do lago Titicaca (um dos mais altos do mundo), situado entre o Perú e a Bolívia.

 O coleccionador... Daniel da Luz Serra Vaz, é natural de Lisboa onde nasceu, em 1932. Desde muito jovem sentiu vivo interesse pela geografia e pelas “histórias” da nossa História. No liceu Passos Manuel foi aluno do professor Hermano Saraiva e mais cresceu em si o gosto pela História da Humanidade e pelo Mundo que os Portuguesas criaram. O seu espírito de aventura, o seu poder de comunicação, o gosto pelas viagens levaram-no a conhecer países dos cinco continentes. De cada um trazia um chapéu que algo lhe dizia do povo que o usava. E foi assim que tudo começou. Hoje, Daniel Serra Vaz, é por certo um dos maiores coleccionadores de chapéus do Mundo que guardam em si grande parte do seu mundo de recordação.

 O futuro... Daniel Serra Vaz, neste momento, possui um acervo de grande qualidade que, por sua vontade, irá ser doado à cidade de S. João da Madeira “capital do chapéu”, com vista a criar um Museu do Chapéu, numa antiga fábrica de chapéus da cidade.