ESTUDO ACOMPANHADO

O Estudo Acompanhado é uma Área Curricular Não Disciplinar que pretende ajudar o aluno a desenvolver a sua capacidade de aprender a aprender, durante o seu o processo de aprendizagem. Uma vez, que visa " a aquisição de competências que permitam a apropriação pelos alunos de métodos de estudo e de trabalho e proporcionem o desenvolvimento de atitudes e capacidades que favoreçam uma cada vez maior autonomia na realização de aprendizagens." ( alínea b, ponto 3, Artigo 5°, Capítulo 11, Decreto Lei n.° 6/2001 de 16 de Janeiro ).

Este tempo curricular pode ser aproveitado simultaneamente para individualizar o processo de ensino/aprendizagem e para gerar momentos de aprendizagem cooperada.

Esta área curricular é planificada e gerida em Conselho de Turma, sendo a sua operacionalização da responsabilidade do docente que a lecciona, cabendo-lhe adequar as actividades a desenvolver de acordo com as necessidades da turma e de cada aluno. Isto porque " o desenvolvimento das áreas curriculares não disciplinares assume especificidades próprias, de acordo com as características de cada ciclo, sendo da responsabilidade ( ...) do Conselho de Turma, no caso dos 2° e 3° Ciclos. " ( ponto 4, Artigo 5°, Capítulo II, Decreto Lei n.° 6/2001 de 16 de Janeiro ).

ESPAÇOS DE INTERVENÇÃO

a) actividades e materiais relacionados com a organização e funcionamento da sala de aula; b) actividades e materiais relacionados com o relacionamento interpessoal e de grupo; c) actividades e materiais relacionados com a organização do ambiente de estudo; d) actividades e materiais relacionados com a organização do material escolar;

e) actividades e materiais relacionados com a planificação do estudo e do tempo de estudo; f) actividades e materiais relacionados com estratégias cognitivas e metacognitivas; g) actividades e materiais relacionados com a leitura;

h) actividades e materiais relacionados com a escrita;

i) actividades e materiais relacionados com o apoio à realização das tarefas escolares: individuais e de grupo;

j) actividades e materiais relacionados com a auto-avaliação.

COMPETENCIAS GERAIS

1)      Mobilizar saberes culturais, científicos e tecnológicos para compreender a realidade e para abordar 

       situações e problemas do quotidiano;

2)      Usar adequadamente linguagens das diferentes áreas do saber cultural, científico e tecnológico para se

     expressar;

3) Usar correctamente a Língua Portuguesa para comunicar de forma adequada e para estruturar pensamento

     próprio;

4) Usar línguas estrangeiras para comunicar adequadamente em situações do quotidiano e para apropriação de

     informação;

5) Adoptar metodologias personalizadas de trabalho e de aprendizagem adequadas a objectivos visados;

6) Pesquisar, seleccionar e organizar informação para a transformar em conhecimento mobilizável;

7) Adoptar estratégias adequadas à resolução de problemas e à tomada de decisões;

8) Realizar actividades de forma autónoma, responsável e criativa;

9) Cooperar com os outros em tarefas e projectos comuns;

10) Relacionar harmoniosamente o corpo com o espaço, numa perspectiva pessoal e interpessoal promotora da

       saúde e da qualidade de vida.

COMPETENCIAS TRANSVERSAIS

           MÉTODOS DE TRABALHO E DE ESTUDO

Participar em actividades e aprendizagens, individuais e colectivas, de acordo com regras estabelecidas;

Identificar, seleccionar e aplicar métodos de trabalho e de estudo; Exprimir dúvidas ou dificuldades;

Analisar a adequação dos métodos de trabalho e de estudo formulando opiniões, sugestões e propondo alterações.

           TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

Pesquisar, organizar, tratar e produzir informação em função das necessidades, problemas a resolver e dos contextos e situações.

              COMUNICAÇÃO

Utilizar diferentes formas de comunicação verbal, adequando a utilização do código linguístico aos contextos e às necessidades;

Resolver dificuldades ou enriquecer a comunicação através da comunicação não verbal com aplicação das técnicas e dos códigos apropriados.

             ESTRATÉGIAS COGNITIVAS

Identificar elementos constitutivos das situações problemáticas; Escolher e aplicar estratégias de resolução;

Explicitar, debater e relacionar a pertinência das soluções encontradas em relação aos problemas e às estratégias adoptadas.

             RELACIONAMENTO INTERPESSOAL E DE GRUPO

Conhecer e actuar de acordo com as normas, regras e critérios de actuação pertinente, de convivência, trabalho, de responsabilização e sentido ético das acções definidas pela comunidade escolar nos seus vários contextos, a começar pela sala de aula.

            COMPETENCIAS ESSENCIAIS

           1- Estimular a participação activa;

            2- Fomentar a participação organizada;

            3- Promover a iniciativa, a autonomia, a perseverança, a responsabilidade e o espírito crítico;

            4-  Promover a auto-estima;

            5- Reconhecer a importância da organização do ambiente de estudo;

            6- Criar e desenvolver hábitos e métodos de trabalho e de estudo;

            7- Colmatar lacunas de aprendizagem;

            8- Pesquisar, seleccionar, recolher e organizar informação para esclarecimento de situações e resolução

               de problemas;

            9- Colmatar as dificuldades ao nível da compreensão oral e escrita;

          10- Fomentar uma correcta utilização da Língua Portuguesa em diferentes situações de comunicação;

          11- Fomentar a utilização de diferentes formas de comunicação ( oral, escrita, visual );

          12- Criar laços afectivos com a escrita;

          13- Sensibilizar para o recurso às novas tecnologias de informação e de comunicação;

          14- Desenvolver competências cognitivas;

          15- Fomentar a utilização de estratégias e de conhecimento para compreender e resolver situações 

                problemáticas;

          16- Desenvolver a participação nas relações interpessoais;

          17- Reconhecer a necessidade e importância das normas e regras de actuação e de convivência;

          18-   Desenvolver a aprendizagem cooperativa;

          19- Promover o trabalho em grupo;

          20- Estimular para a participação na vida cívica de forma crítica e responsável.

        OPERACIONALIZAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS ESSENCIAIS

1-      Participa nas actividades, respeitando as regras e normas de actuação, de convivência e de trabalho em  vários contextos;

        2- Manifesta iniciativa na realização das actividades e tarefas;

        3- Manifesta ser autónomo, perseverante, responsável e criativo;

        4- Revela espírito crítico;

        5- Aprende, individualmente ou em grupo, de acordo com as regras estabelecidas;

        6- Planeia e organiza as actividades de aprendizagem;

        7- Identifica, selecciona e aplica os métodos de trabalho e de estudo;

        8- Confronta os diferentes métodos de trabalho para realizar uma tarefa;

        9- Pesquisa, selecciona, recolhe e organiza a informação;

      10- Exprime conhecimentos, dúvidas e dificuldades;

      11- Produz informação;

      12- Identifica e compreende uma situação problemática;

      13- Recorre a estratégias e conhecimentos para resolver uma situação problemática;

      14- Usa a Língua Portuguesa de forma adequada às diferentes situações de comunicação;

      15- Valoriza e utiliza as diferentes formas de comunicação ( oral, escrita, visual );

      16- Promove o gosto pelo uso correcto e adequado da Língua Portuguesa;

      17- Reconhece e confronta diversas linguagens para a comunicação de uma informação;

      18- Recorre ás novas tecnologias de informação e de comunicação;

      19- Realiza actividades que promovam a atenção, a concentração, a memorização e a destreza

      de raciocínio;

      20- Comunica, discute e defende ideias próprias, dando espaço de intervenção aos outros;

      21- Integra-se bem no grupo de " trabalho de grupo `;

      22- Manifesta sentido de responsabilidade, flexibilidade e de respeito pelo seu trabalho e pelo dos outros.

AVALIAÇÃO

O Estudo Acompanhado deve centrar os seus objectivos na participação e progressão do aluno e no desenvolvimento das competências transversais. Assim, a avaliação deve centrar-se no processo de aquisição e desenvolvimento das competências e servir como instrumento regulador das aprendizagens, das estratégias e das metodologias utilizadas pelos docentes.

A avaliação desta área caracteriza-se por ser essencialmente descritiva, no final dos períodos lectivos, tendo como referência a evolução do aluno a partir da situação diagnosticada.

 

A avaliação é um elemento integrante e regulador da prática educativa, permitindo uma recolha sistemática de informações..." ( ponto 2, Capítulo I, Despacho Normativo n.° 30/2001 de 19 de Julho ).

 

A avaliação incide sobre as aprendizagens e competências definidas no currículo nacional para as diversas áreas e disciplinas, de cada ciclo, considerando a concretização das mesmas no projecto curricular de escola e no projecto curricular de turma, por ano de escolaridade. " ( ponto 4, Capítulo I, Despacho Normativo n.° 30/2001 de 19 de Julho ).

 

A avaliação formativa é a principal modalidade de avaliação do ensino básico, assume carácter contínuo e sistemático e visa a regulação do ensino e da aprendizagem, recorrendo a uma variedade de instrumentos de recolha de informação, de acordo com a natureza das aprendizagens e dos contextos em que ocorrem. "( ponto 16, Capítulo II, Despacho Normativo n.° 30/2001 de 19 de Julho ).

 

A avaliação formativa inclui uma vertente de diagnóstico tendo em vista a elaboração e adequação do projecto curricular de turma e conduzindo à adopção de estratégias de diferenciação pedagógica. "( ponto 17, Capítulo II, Despacho Normativo n.° 30/2001 de 19 de Julho ).

 

A avaliação sumativa consiste na formulação de uma síntese das informações recolhidas sobre o desenvolvimento das aprendizagens e competências definidas para cada área curricular e disciplina, no quadro do projecto curricular de turma respectivo, dando uma atenção especial à evolução do conjunto dessas aprendizagens e competências. " ( ponto 22, Capítulo II, Despacho Normativo n.° 30/2001 de 19 de Julho ).

 

" No 2° e 3° Ciclos a informação resultante da avaliação sumativa:

b) Expressa-se de forma descritiva nas áreas curriculares não disciplinares, conduzindo, também, à atribuição de uma menção qualitativa ( Não Satisfaz, Satisfaz, Satisfaz Bem) no caso da Área de Projecto. " ( alínea b, ponto 28, Capítulo II, Despacho Normativo n.° 30/2001 de 19 de Julho ).

 

" Nas áreas curriculares não disciplinares a avaliação sumativa utiliza elementos provenientes das diversas disciplinas e áreas curriculares. " ( ponto 29, Capítulo II, Despacho Normativo n.° 30/2001 de 19 de Julho ).

 

TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

·      Avaliação Diagnóstica

·      Observação Directa

·      Fichas de Trabalho

·      Grelhas de Observação

·      Relatórios

·      Entrevista

·      Portefólio

·      Ficha de Auto-Avaliação

                       CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

                               - Assiduidade / Pontualidade

                               - Atenção / Concentração

                               - Interesse

                               - Participação

                               - Iniciativa

                               - Autonomia

                               - Perseverança

                               - Espírito Crítico

                               - Organização

                               - Responsabilidade

                               - Métodos de Trabalho e de Estudo

                               - Tratamento de Informação

                               - Comunicação

                               - Estratégias Cognitivas

                               - Relacionamento Interpessoal e de grupo

 

 

" Esta área constitui verdadeiramente, uma oficina de procura de sentidos e de treinamento das capacidades transversais a toda a aprendizagem, sendo, por isso, condição para a construção de um projecto com futuro e para o futuro.

No estudo acompanhado

os professores deverão fornecer:

linha, anzol, isco e

ensinar a pescar.

Cabe aos alunos pescarem sozinhos!!!

          Mª João Raposo

BIBLIOGRAFIA

·   Cabral, Natália, " Avaliação no Ensino Básico ", Porto, Porto Editora, 2003

   Cardoso, Filomena; Pires, M.a da Conceição, " Estudo Acompanhado - 3° Ciclo ", Porto, Porto Editora, 2002

   César, Margarida; e outros, " Estudo Acompanhado - Devagar se vai ao longe... - 2° e 3° Ciclos ", Lisboa, Plátano Editora, 2002

   Cosme, Ariana; Trindade, Rui, " Área de Estudo Acompanhado - O Essencial para Ensinar a Aprender ", Porto, Edições ASA, 2001

   " Currículo Nacional do Ensino Básico - Competências Essenciais ", Departamento da Educação Básica, Ministério da Educação, 2001

   Pereira, Eduardo A.; e outros, " Gestão Flexível do Currículo - Estudo Acompanhado ", Lisboa, Texto Editora

   Rodrigues, Carla R.; e outros, " Estudo Acompanhado - 2° Ciclo ", Lisboa, Texto Editora, 2001

   Rodrigues, M.a do Céu; Oliveira, M.a Manuel, " Estudo Acompanhado - 70 Ano ", Lisboa, Texto Editora, 2002

   Rodrigues, M.' do Céu; Oliveira, M.a Manuel, " Estudo Acompanhado - 8° Ano ", Lisboa, Texto Editora, 2003

   Zenhas, Armanda; e outros, " Ensinar a Estudar, Aprender a Estudar - 2° e 3° Ciclos ", Porto, Porto Editora, 2001

                     LEGISLAÇÃO

·   Decreto Lei n.° 6/2001 de 18 de Janeiro - Reorganização Curricular do Ensino Básico

    Despacho Normativo n.° 30/2001 de 19 de Julho - Estabelece os princípios e os procedimentos a observar na avaliação das aprendizagens no Ensino Básico

Escola Secundária de Pinhal Novo
Estudo Acompanhado
2003 / 2004