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Exposição de pintura de Lurdes Castilho


ÁRVORES

ESE de Setúbal, 7 a 18 de Fevereiro 2005

Lurdes Castilho nasceu em Lisboa em 1938 e aí fez os seus estudos – Escola Industrial Josefa de Óbidos, Escola de Artes Decorativas António Arroio e Escola Superior de Belas Artes onde cursou pintura.

Mas Cascais é a sua terra de residência apesar de ter andado por diversas vilas e cidades, atrás de liceus e escolas técnicas (que escasseavam na época), numa via sacra tão familiar àqueles que, ontem como hoje, decidiram ser professores. Por isso, fez o curso de Ciências Pedagógicas, na Universidade de Coimbra (requisito necessário, na altura, para quem quisesse ter acesso ao estágio profissional).
As revisões curriculares fizeram-na docente de Desenho, de Educação Visual e, mais recentemente, de EVT (sempre fomos um país pródigo em cosmética pedagógica). Depois de largos anos como delegada de disciplina e de uma enorme dedicação ao ensino e aos seus alunos, nunca abdicando de lhes dar formação estética, está hoje, a salvo de futuros "choques" reformistas: aposentou-se, não da vida, mas da actividade lectiva (o Estado burocrata continua a dispensar gente empenhada, sabedora e sensível com bilhete de identidade nos 65).

Convidada por uma galeria, de um conhecido Centro Comercial de Cascais, organizou uma exposição individual, em 1988. Participou também nas exposições colectivas de Professores Artistas, organizadas pela ASSP (Associação de Solidariedade Social de Professores), em 1987 e 1988, nas galerias do Casino Estoril e na Junta de Freguesia de Cascais.

Os trabalhos que agora aqui se divulgam, nesta escola de formação de professores com um curso de EVT (em vias de extinção), são o efeito (não colateral) de uma actividade docente que procurava exercitar alunos do 2º ciclo (ainda não de Bolonha, mas tão só do Básico) com a técnica do lápis de cera. Estes nove quadros, inspirados nesse labor lectivo, têm uma unidade técnica e temática. A velha metáfora do professor-jardineiro justifica, em parte, o título da exposição – ÁRVORES. Ramos, troncos, galhos: despidos, caídos, perdidos. Mas nas mãos da artista (e da professora) ganham vida, cor, sentido. A nós, cabe-nos o usufruto da dádiva…


LUÍSOUTA
um colega, um amigo, um admirador

 

Escola Superior de Educação de Setúbal
Data da última actualização: 16-01-2008
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