A percepção pública da necessidade de proteger áreas representativas de ecossistemas terrestres já se encontra em larga medida presente na sociedade e levou ao estabelecimento de inúmeras Áreas Protegidas. No entanto, não existe ainda uma consciência alargada que as alterações na biodiversidade são globais e irreversíveis e apresentam custos ecológicos e socio-económicos significativos.
No meio marinho, o atraso é muito maior. As medidas de protecção que tradicionalmente se aplicam aos ecossistemas terrestres são na maior parte dos casos desadequadas para a protecção das comunidades marinhas, devido aos seus padrões de história vital e às características ecológicas do meio. Existe assim a necessidade de implementar a nível internacional uma Rede de Áreas Protegidas Marinhas costeiras e oceânicas que obrigatoriamente terão de conter extensas áreas onde as actividades extractivas deverão ser proibidas. Esta é a única via de assegurar a curto prazo que o declínio de muitas espécies comerciais e muitos ecossistemas marinhos seja travado ou desacelerado. No entanto, por si só, as Áreas Marinhas Protegidas não poderão assegurar os modelos de Desenvolvimento Sustentável das actividades humanas no Oceano. Para isso é necessário trabalhar em paralelo nas formas de governação dos assuntos do mar.
As problemáticas envolvendo o estabelecimento e gestão do Parque Marinho da Arrábida são valiosas como contributo para esta nova forma de encarar a gestão dos oceanos.
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Este ciclo de conferências a decorrer no Anfiteatro é coordenado pela Professora Maria Santos do Departamento de Comunicação no âmbito da disciplina de Seminário Transdisciplinar do 5º ano da licenciatura bi-etápica em Comunicação Social. |
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