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Citações de Álvaro Siza Vieira...

... sobre a ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO

“A instalação em U procura integrar-se na paisagem natural, um bosque de sobreiros centenários”

“O auditório, o ginásio e a sala de música estão ligados à entrada por um corredor longitudinal e juntam-se lateralmente, como corpos autónomos, a uma instalação rígida e proporcionada pela optimização dos espaços distribuídos das salas de aula e pela uniforme captação da luz”

SIZA, Álvaro, Obras e Projectos, Matosinhos, Electa, 1995

“Não, uma escola nunca tinha feito. Era suposto que eu só sabia fazer casinhas. Uma escola era uma coisa muito grande para ser feita por mim”.

“Foi uma experiência excelente. (...) Uma escola é uma comunidade, tem uma variedade de espaços muito grande que dá outro interesse ao edifício. Gostei”

“Esta escola insere-se nesse movimento de transformação de Setúbal, correspondendo a programas diferentes, a um tratamento mais global da paisagem, menos de adaptação pontual das construções à paisagem”

“Por trás desta escola está uma escola, não no sentido material, mas com o seu corpo docente, com os seus representantes, neste caso a Comissão Instaladora que preparou esta escola”

“Eu tenho a impressão que fiz um esforço muito grande de enquadramento e a escola não vai aparecer assim como um bicho exótico”.

“ (...) Eu considero-a uma obra feliz na minha vida profissional”

(...) Parece-me que, por um lado, é um edifício sólido, não vai sofrer um processo de degradação; depois, tem uma organização interna muito flexível, porque nós estabelecemos uma modulação que me parece adequada à organização de grandes espaços”

“Eu creio que pode haver muita inovação tecnológica, muita inovação no campo da pedagogia, mas é um facto que, numa escola, o que +e necessário é ter espaço bastante flexível e um sistema de comunicação entre os espaços com uma certa largueza que este edifício tem”.

“Creio que isto poderá funcionar no Sec. XII. Não acredito que vá haver tanta modificação, porque, se nós virmos bem, uma escola moderna pode perfeitamente funcionar, e funciona, num edifício do Sec. XVIII”.

“Não há uma relação directa entre inovação tecnológica e capacidade de resposta de determinados espaços e programas novos, a conceitos novos”.

“Acho que é um edifício claro, com uma articulação que dá uma grande flexibilidade aos espaços de que dispõe e, portanto, vai resistir às transformações que vierem a ser necessárias e que, normalmente, não são muitas”.

“ (...) A forma como eu concebo uma escola é fundamentalmente um ponto de reunião, de troca de informação entre gerações, o que implica esta ideia de globalidade”.

“Eu não concebo uma escola que seja simplesmente corredores e salas de aula, com dimensões óptimas e mais não sei quantos anfiteatros”.

“É necessário que uma pessoa se reconheça num espaço comunitário e, aqui, preocupei-me com isso; não é só o problema do pátio, mas também do átrio”.

“Há um grande espaço, que eu tive dificuldades em desenvolver, que recebe as duas galerias de acesso às aulas, é também um espaço que atravessa todo o edifício e que abre sobre um pátio: num dos braços a Cantina, e, no outro, o Centro de Recursos”.

“Há intenção de haver uma hierarquia de espaços diferentes, de dimensões diferente e de características diferentes, a par de uma grande variedade para que exista essa ideia de globalidade, mas não seja uma imposição”.

“Há-de haver sempre um canto para alguém ou um grupo que se queira isolar”.

“Penso que muito do que se recebe numa escola não tem a ver com as aulas, tem a ver com o convívio, com o estabelecimento de relações, com a abertura ao diálogo e a vontade de conhecer outras ideias, outras pessoas”.

SIZA, Álvaro, Entrevista a revista Escola Nova, Setúbal. Escola Superior de Educação, 1992

 

 

Escola Superior de Educação de Setúbal
Data da última actualização: 16-01-2008
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