Escola Superior de Educação de
Setúbal: Grande Prémio Nacional de
Arquitectura: (atribuído a) Álvaro
Siza.”Jornal Arquitectos”. Lisboa Nº
129 (1993), p.24-27
RELATÓRIO FINAL
1993
As reuniões do Júri realizaram-se
nos dias 15 de Outubro, 22 de Outubro, 27 de Outubro,
3 de Novembro e 5 de Novembro de 1993,com as seguintes
presenças:
Profº Arqº Formosinho Sanchez, Presidente
do Júri, (nomeado pelo Conselho Directivo
Nacional da Associação dos Arquitectos
Portugueses),
Arqº Nuno Mateus (membro efectivo, nomeado
pelo Conselho Directivo Regional do Norte da Associação
dos Arquitectos Portugueses),
Arqº Carlos Castanheira (membro efectivo, nomeado
pelo Conselho Directivo Regional do Norte da Associação
dos Arquitectos Portugueses),
Arqº José Bernardo Távora (membro
suplente, nomeado pelo Conselho Directivo Regional
do Norte da Associação dos Arquitectos
Portugueses),
Arqº Michel Toussaint (membro efectivo, nomeado
pelo Conselho Directivo Regional do Norte da Associação
dos Arquitectos Portugueses),
Arqº José Sommer Ribeiro (membro efectivo,
nomeado pela Fundação Calouste Gulbenkian),
Prof. Arqº Reaes Pinto (membro efectivo, nomeado
pela Universidade Lusíada),
Arqº José Aguiar (membro suplente, nomeado
pela Universidade Lusíada),
Arqª Ilda Freitas Seabra (membro efectivo,
nomeado pela Escola Superior Artística do
Porto),
Arqº José Manuel Pedreirinho (membro
suplente, nomeado pela Escola Superior Artística
do Porto),
Arqº José António Bandeirinha
(membro efectivo, nomeado pela Universidade de Coimbra),
O Prof. Arqº Fernando Távora embora
membro efectivo, nomeado pela Faculdade de Arquitectura
da Universidade do Porto, não esteve presente
em nenhuma reunião.
Nos termos do Regulamento do Júri na sua
última reunião, relizada a 05 de Novembro
de 1993,deliberou os seguintes prémios:
GRANDE PRÉMIO NACIONAL DE ARQUITECTURA
ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DE SETÚBAL
ÁLVARO SIZA VEIRA
A esta obra, candidata ao abrigo donº3.3.,alinea
b) do Regulamento, foi atribuído o Grande
Prémio por unanimidade de votos de Júri,
com os seguintes fundamentos:
1. riqueza da concepção orgânica
e estrutural em termos de espaço arquitectónico,
clareza dos circuitos internos e distribuição
dos diferentes sectores do edifício e do
uso da luz na conformação e poética
da arquitectura, de forte mas delicada presença
de volumetria, quer na relação entre
os espaços exteriores/interiores quer na
sua implantação e articulação
com o sítio;
2. a personalidade arquitectónica, pedagógica
e cultural do seu autor que, numa vida intensa dedicada
à Arquitectura, sempre com o recurso a linguagens
arquitectónicas de extrema simplicidade formal,
historicamente característica da nossa arquitectura
continental e insular, tem prestigiado a sua profissão
em todos os locais para que tem sido chamado a intervir
quer no país quer no estrangeiro.
A experiência de que dispõe relativamente
a este tipo de escola mostra a necessidade de uma
aproximação ao programa que, sendo
rigorosa, permite uma grande flexibilidade no uso
e articulação dos espaços.
Daí que se exija um sistema distributivo
muito simples e uma estrutura modulada que facilite
a eventual alteração de desenvolvimento
de certas zonas ou a criação de outras.
Duas alas de construção de dois pisos
enquadram o percurso de acesso ao átrio do
edifício, implantado segundo um eixo perpendicular.
Este amplo espaço transversal constitui o
núcleo central de onde partem as galerias
de distribuição e de onde se acede
às zonas de maior superfície (Cantina,
CDI,CRE). Anfiteatro, Sala de Música e Ginásio
estão adoçados ao alçado NW
da construção e são acessíveis
a partir da respectiva galeria longitudinal.
Este complexo, esquematicamente um “H”,
termina a SW numa longa plataforma ligeiramente
elevada em relação aos terrenos agrícolas
adjacentes e igualmente acessível a partir
do caminho existente a SW e a regularizar.
Outras áreas do programa (garagem e serviços,
habitação de hóspedes) constituem
pavilhões separados do edifício principal.
Especial atenção foi prestada à
articulação dos problemas da economia
da construção e de economia de manutenção.
Em linhas gerais é estratégia do projecto
a adopção de um sistema modulado ortogonal
que garanta a simplicidade, economia e sistematicidade
do detalhe. |